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Mostrando postagens de 2018

D&D e o Mercado:

A 5e deve vender mais que todas as edições de D&D juntas se continuar no mesmo ritmo nos próximos 6 anos (numa perspectiva desfavorável a 5e). Especulo que em dez anos ela venderia mais que todos o resto dos RPG's somados também (mantendo o mesmo ritmo). Numa perspectiva mais otimista, em 2018 a 5e fecharia com vendas maiores que todas as demais edições. Como cheguei a esses dados? Link do pdf do textão com os gráfico Leia antes de ler: Este trabalho não é um um Texto Científico Ltda., com letras maiúsculas. Não me deu um título de nada, não passou por banca nem nada. Mas há um projeto de talvez um dia leva-lo a essa instância.  E é com muita satisfação que eu lhes apresento esse trabalho que não está nem pela metade. Apesar de grande esforço, paciência, e muita seriedade envolvida (principalmente porque não ganhei meio tostão pra isso), o resultado já mostra potencial.  A carência de dados por parte das empresas que ou mostram má vontade ou são só uma bagunç

Você não vai chegar no nível 20 e o que o design do jogo tem a ver com isso

Você já deve ter buscado formas de otimizar seu personagem, já deve ter perguntado se vale mais a pena o talento x ou o talento y. Quem nunca? É justo saber se aquela ideia de um guerreiro com duas espadas é viável, ou se vale ter umas perícias a mais. A internet, munida de um exército de analistas de builds e theory-crafters, obviamente mapeou e norteou o que há de bom e o que há de ruim no PHB e demais suplementos. Porém, após anos observando algumas opiniões e pareceres, comecei a questionar certos dogmas. Por exemplo, vamos ao monge. O monge enfia o cacete nos primeiros níveis, mas progressivamente perde força nos níveis mais altos. O ranger faz a mesma coisa, com o Hunter’s Mark ou Hail of Thornes ele se mostra um poderoso combatente além de inúmeras habilidades fora do combate (algumas até boas demais para o bem andar de uma campanha). “O monge é desbalanceado, fica aquém nos níveis mais altos”. Reconhecemos que é verdade, mas é provável que você nem t

Personagens de Papel

Uma campanha nova vai começar e o DM sugere que o ponto de partida será em Waterdeep. Vamos então fazer um personagem pra essa campanha. Que tal um guerreiro? Sim, ótimo! Aliás, queria algo mais heroico, um paladino! Isso um paladino. Raça, hmmmm, vejamos, qual raça... draconatos são meio estranhos, mas quem sabe. Um draconato paladino de Bahamut me soa clichê, mas ao mesmo tempo me parece divertido! Isso! Serei um paladino draconato que segue Bahamut e fez o juramento da vingança! Um verdadeiro exemplo de justiça, um defensor do bem maior que entrará em qualquer cruzada para que o mal não prevaleça! Isso! Seu nome será Hador, o sobrenome depois eu coloco. Ele será extremamente justo, mas ao mesmo tempo teimoso. Será forte, porém lento. E por último ele será piedoso com todos, menos com ele mesmo. Pronto, essas sãos as três características que tentarei assimilar para interpretar esse bravo paladino, os detalhes de como eu fui parar em Waterdeep eu vou juntando como

Por que a Bounded Accuracy tornou a 5e mais ampla

“Como assim? Como um sistema com um espectro tão estreito pode tornar-se mais amplo? Isso é um absurdo!” É essa a percepção que eu tinha quando me deparei com os livros da 5e. Acostumado com o empilhamento de modificadores (principalmente da 3.x/PF), a possibilidade de ter no máximo um +11 [1] para acertar no 20º nível me pareceu frustrante. Isso abria a seguinte premissa: “poderia um incapaz acertar um semideus, mesmo que causando um dano irrelevante?”; na 5e a resposta é sim.  Os valores altos de CA não atingem mais que duas dezenas, a dificuldade dos testes não passa muito disso também, a granularidade numérica parece infinitamente menor... E como isso implica em mais possibilidades? Não seria um contrassenso? Essa pergunta pode ser respondida de duas formas, uma, a mais subjetiva, eu respondi no meu post "Como D&D um dia me fez ver o mundo meio torto"  (aqui abro literalmente um parêntese porque o argumento vai mais na percepção

Roube Essa Ideia O quanto Antes

Como D&D um dia me fez ver o mundo meio torto

2001, terceira edição a mil, tradução da Devir, aquele livro lindo com uma aparência de grimório, umas artes com cara de rascunhos do Da Vinci no início dos capítulos, as belas artes de Lockwood e Wayne Reynolds, aquele monte de bônus e mecânicas que não tinha na 2e, enfim, não esqueço meu fascínio quando abri meu Livro do Jogador da terceira edição pela primeira vez. Lembro dos meus primos geração xerox apontando um defeito atrás do outro, reclamando de uma pá de coisas - e talvez eles até tinham algum fundamento em meio a todo aquele conservadorismo que permeava a raiva deles com a nova edição do D&D. Mais tarde eles de fato se provariam certos (ao menos pra mim). E a terceira edição tinha daquilo né, quando saíram os livros básicos havia monstros com bônus de Testes de Resistência tão altos que me parecia irrealista um personagem, mesmo com vinte níveis, conseguir impor certas magias ou efeitos sobre as eles. Não tinha como o Tarrasque falhar num TR de Constituição em co
S im, você já ouviu falar de um tal de Forgotten Realms. Um monte de coisa de D&D fala desse bagulho e você acabou sacando que é tipo um mundo padrão do jogo. Mas quando você foi tentar sacar realmente de qual é a desse negócio a parada se mostrou mais tensa que o previsto, e quando você pediu ajuda te recomendaram ler uma wiki com milhares de artigos ou uns calhamaços de edições passadas.    Boa parte das pessoas conheceu Forgotten Realms aos poucos. Até porque conhecer tudo de uma vez é humanamente impossível mesmo, tem suplementos demais e centenas (isso mesmo, mais de cem) romances nesse cenário. A parada deve ser mais bem documentada que a história do Brasil e de fato é meio sem noção tentar digerir o cenário rapidamente. Então esse breve guia vai lhe mostrar de forma bem mais ou menos, quiçá equivocada, porém ao mesmo tempo útil, um apanhado geral do cenário com mais pompa que rola por aí. Tu não vai poder sair falando de peito cheio pros seus 2d4 amigos nerds q